sábado, 24 de novembro de 2012

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Salto Mortal ao Extremo


Aviso!
O vídeo a seguir contem cenas fortes.




Tome mais distância da próxima vez, ok?

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

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O Coreto Mágico


   
   Esse conto postei em homenagem a uma leitora muito especial chamada Sofia. Sol, espero que goste.
   Prometo continar assim que possivel...

      Era outono, as folhas secas caiam dos altos galhos das arvores e dançavam conforme a brisa suave soprava, em uma dança que embalava os mais longínquos pensamentos de alguém que assistia da sua varanda, ao belo espetáculo da natureza. Ela acolhia-se entre seu aconchegante chalé cor de vinho, já surrado, feito de uma lã única, cujo parecia ter sido tecida por mãos mágicas.



    Sentada na sua velha cadeira de balanço, que rangia com os curtos movimentos de vai-e-vem, Sofia lia com as mãos tremulas, talvez devido a sua idade, ou por pura emoção, uma pequena carta, cujo papel já se mostrava amarelado pelo tempo. Uma lágrima despencou do seu olhar perdido ao ler o final da carta, a frase:


       Para sempre seu, nesse ou em outro mundo... M. G.


      Seus pensamentos a levaram ao inicio de tudo, onde sua saudosa mocidade aflorava em uma época de sombrios acontecimentos.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

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Ao cair da noite



    Abr


     Abro os olhos. Meus batimentos cardíacos estão acelerados.
     Estou andando à passos largos e preocupados. Olho ao redor e dessa vez me encontro em meio a uma floresta.
     Era noite, e a luz da lua cheia era a única iluminação que ali havia.
     Senti uma forte dor no meu ombro esquerdo, olhei e vi que tinha um corte profundo, cujo era coberto por um pedaço de tecido na tentativa de estancar o sangramento.
      Senti um leve toque em meu ombro, e foi então que percebi que não estava só, estava na companhia de uma mulher jovem de pele morena, lindos olhos escuros que brilhavam com a luz da lua e cabelos longos e tão escuros que lembravam o véu da noite. Estava vestida com roupas de época e não aparentava ter mais que 23 anos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

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Vermes malditos



    
    
     TERÇA-FEIRA. 15/03/2011

    Minha desgraça começou nesse dia, quando voltei da selva amazônica. Eu havia ido ao Pico da Neblina (mais um que escalava essa montanha imponente) depois passei quatro dias na região de Maturacá, á alguns quilômetros de uma cidade chamada de São Gabriel da Cachoeira, no extremo norte do país. Adorei estar naquela região inóspita, selvagem e lotada de animais exóticos.
    Agora, eu estava em casa, onde moro sozinho, pronto para um merecido descanso, após quinze dias de aventura.
    Oh, eu dormia!
    No entanto...
    Pensei que estava sonhando, ao sentir que alguma coisa passeava por cima do meu rosto. Pés diminutos, ásperos e incômodos. Um corpo sobre o meu!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

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No fim do expediente



    Já era tarde da noite. O fim do expediente daquele escritório de advocacia já acabara à muito tempo. Uma única luz estava acesa no décimo quinto andar do prédio. Era Pedro que estava fazendo hora extra, pois estava com um caso grande nas mãos e não podia deixar passar essa mina de ouro.
    Ás 22:15 da noite, Pedro já estava quase acabando a petição para recorrer da decisão que o juiz sentenciou seu cliente. Era um empresário com grande poder, e não hesitaria em abrir as mãos para se ver livre daqueles abutres da justiça.
     – Ótimo, acabei. Agora é só torcer pro juiz apreciar a petição amanhã mesmo. – falou Pedro em voz alta.
     Pedro sentia-se cansado. Pegou o paletó que estava bem posto nas costas da sua cadeira, o pôs no ombro, levou nas mãos alguns papeis que estavam em sua mesa e em seguida apagou as luzes e se retirou da sala.
     – Nossa! Não tinha notado que estava tão tarde. Devo ser a única alma viva aqui nesse prédio. – disse o jovem olhando para o relógio.
    Com pouca iluminação, ele notou ao longe uma mulher. Ela estava parada de costas para o elevador olhando para uma das janelas e apreciando a vista da noite. Pedro que era mulherengo não perdeu tempo e já ensaiando a sua abordagem se dirigiu a moça.

     – O que uma moça como você esta fazendo a essa hora nesse prédio?
     – Me desculpe, eu sei que é tarde. É que eu sou estagiaria e trabalho em um dos escritórios do prédio. Só estou esperando meu noivo vir me buscar.
     – E ele não veio até essa hora? Isso é uma desonra, deixar uma moça tão bela esperar sozinha nesse prédio que mais parece uma carceragem para os estagiários. – disse Pedro olhando para mão direita da moça, e notando que nada existe além de uma marca de anel.
     – É que nós discutimos noite passada, mas eu sei que ele está vindo me buscar, disso eu sei. – disse a moça segurando as mãos na altura do peito e continuou olhando para fora da janela.
     – Você não quer companhia? – perguntou o jovem apoiando a mão esquerda perto da janela e bem próximo da moça.
     – Não obrigada. Já estou acostumada a ficar sozinha nesse prédio.  Ninguém nunca me nota mesmo. – respondeu a moça com um leve pesar em sua voz.
     – Mas eu insisto. Jamais me perdoaria se alguma coisa acontecesse a uma bela jovem como você! – disse Pedro com um olhar e um tom malicioso.
     – Você tem certeza mesmo? – perguntou a jovem, mas dessa vez com um tom surpreendentemente sério.
     Pedro estranha a repentina mudança na jovem, mas como ele não deixa escapar nem um rabo de saia, prontamente respondeu:
     – Você tem a minha palavra. Se caso o seu noivo não vir eu te faço companhia. O que acha?
     – Hum... A sua palavra? Eu aceito!
     Nesse momento pode-se ouvir uma das portas das salas se fechar com supetão. Pedro vira-se na direção de onde veio o barulho, mas quando retorna para falar com a jovem, não há ninguém além dele, tornando o silêncio a sua única companhia.
     – Não pode ser! Onde diabos ela se meteu? – perguntava-se Pedro alvoroçado e olhando de um lado para o outro.
     Infelizmente nosso amigo perdeu mais uma de suas conquistas. Desanimado, ele pega suas coisas e se dirige ao elevador.

     Olhando fixo para a petição que lhe deu tanto trabalho e que futuramente lhe renderá um bom dinheiro para alimentar a sua ganância, ele s
egue caminhando e distraído continua lendo o seu trabalho, mas sem notar que a cabine do elevador ultrapassa o andar onde estava.

     A porta se abre e o nosso amigo Pedro despenca quinze andares abaixo.
     No dia seguinte, somente a noticia que um jovem advogado que trabalhava no prédio comercial da Leal Moreira em Belém, sofreu um
acidente, despencando do elevador que estava com a porta aberta, mas sem a cabine interna.


     Com o tempo as pessoas foram esquecendo a noticia, assim como também a de uma jovem estagiaria de direito que à vinte anos foi abusada e morta no mesmo andar e no mesmo prédio.
     A jovem encontrou enfim a companhia que tanto esperou. Alguém que ficasse com ela enquanto seu tão esperado noivo a viesse buscar.
     Alguns dizem que até hoje no décimo quinto andar do prédio, pode-se ouvir bater de teclas, outros dizem que escutam aporta do elevador se abrir quando chega ao décimo quinto andar, e se prestar bem atenção, você poderá ver uma linda jovem olhando pela janela, sozinha em meio ao escuro e silencioso prédio.
     Se não acreditas, visite o prédio as 22:30 e tire suas próprias conclusões

Fim
Fernando Calixto







quinta-feira, 13 de setembro de 2012

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O nascimento de crow, o ser das trevas

      



      O seu parto foi complicado, onde por milagre sobreviveu, ou alguma outra força sobrenatural o queria vivo. O nome que recebeu ao nascer foi Diego de Sousa Cortez, na cidade de ouro preto no sudeste do país, no final da época da febre do ouro.
      Seu pai que era um homem beberrão e mal humorado, não aceitava dividir a mulher que tinha com outro homem, mesmo que esse fosse sangue do seu sangue. Todas as vezes que chegava em casa e via sua esposa tomando conta de seu herdeiro, uma raiva surpreendente tomava conta de seus atos.
      Ao escutar os brutos passos de seu pai, o pobre Diego Cortez largava o colo de sua mãe e corria desesperadamente ao encontro de um velho e pequeno guarda roupas, onde fechava os olhos e imaginava que estava escondido em um deposito de um navio qualquer. Lugar que para ele, era o segundo lugar mais seguro que pudesse existir, pois o primeiro sempre foi o aconchegado colo de sua mãe Verônica.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

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Apartamento Macabro - o homem que gostava de Mozart


— Valha-me Deus! — foi o que Marcos resmungou quando viu aquela montanha de roupas amarrotadas jogadas dentro da cesta de vime ao lado da máquina de lavar, localizada na curva esquerda da cozinha em forma de um L invertido – incluindo, dentro desta cesta no beco da cozinha, um par de calcinhas de sua mulher Jaqueline. Remendado na frente de uma das calcinhas de sua mulher, estava escrito em letras cor de rosa: VOCÊ ME AMA MESMO, OU SÓ QUER ME COMER?